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Notícias

Sobre / História

A Adega Cooperativa de Penalva do Castelo tem hoje cerca de 1000 associados, recebe anualmente as uvas de mais de 1200 ha de vinha, produz em média sete milhões de litros de vinho, dispõem da mais moderna tecnologia de vinificação, estágio e engarrafamento de vinhos, sendo uma referência incontornável dos vinhos do Dão.

 

TODAS AS FASES CONTAM:

Colheita

Todo o cuidado nos nossos produtores no tratamento na colheita fazem sempre diferença.

Fermentação

A natureza faz o seu trabalho mas é preciso acompanhar e monitorar para que tudo seja perfeito.

Estágio

Tudo tem o seu tempo e o tempo de repouso deve ser sempre o desejado por cada uma dos nossos produtos antes de chegar ao processo final.

Engarrafamento

O melhor vinho tem de ser bem guardado e protegido. Finalmente está pronto para fazer parte da sua vida.

A “piqueta” das vindimas em Penalva do Castelo

A piqueta é um momento de pausa, a meio da manhã, entre o início da faina e o “jantar”, onde se come uma “bucha”, se convive e, obviamente, se molha a palavra com o bom vinho do Dão. Era tradição haver piqueta na apanha da azeitona e na ceifa dos cereais, mas a mais importante e mais alegre sempre foi a das vindimas. Os petiscos mais afamados eram as sardinhas fritas acompanhadas de um bom naco de broa, feita de véspera no forno de lenha. Porém, as sardinhas não eram fritas de qualquer maneira! Primeiro preparava-se o azeite, numa grande sertã, com folhas de louro e dentes de alho; só depois do alho estar levemente alourado é que se colocavam as sardinhas, previamente escamadas e envoltas em farinha de milho, para ficarem estaladiças.

Também era frequente haver bacalhau lascado, rojões fritos em banha, chouriça e morcela assadas, azeitonas, queijo da Serra da Estrela, tudo acompanhado com broa de milho e triga-milha de fabrico próprio. Claro está, que havia sempre dois garrafões, um de branco e um de tinto. Quem quisesse podia mear ou terçar o vinho com água, mas não havia água-pé, pois esta só está pronta lá para novembro, depois do vinho feito. Hoje já se faz uma concessão aos sumos, refrigerantes e, calculem, à coca-cola, pois não se podem ignorar os sinais dos tempos. No entanto, é grato reconhecer que a bebida favorita da larga maioria continua a ser o vinho do Dão. Antes dos vindimadores regressarem à faina, ainda tinham tempo de adoçar o bico com uma filhó, passada por açúcar e canela.

A tradição só era praticada pelos pequenos e médios viticultores, que se revezavam nas vindimas de todos, sendo a forma do anfitrião agradecer aos vizinhos a ajuda na vindima. Infelizmente, quase não há piquetas. A Adega de Penalva fez, há tempos, uma recreação da piqueta para mostrar a alguns clientes e aos mais novos da terra como era a alegria das vindimas. Oxalá o exemplo frutifique e para o ano haja mais adegas a recuperar a piqueta das vindimas. A região agradece, pois sem memórias o vinho do Dão tem menos encanto.

Dão é terra de vinho, de história e de contrastes. O terreno acidentado, onde a todo o momento se distingue um cabeço, se vê um socalco repleto de vinha e se cultiva uma terra chã, proporciona uma paisagem rica e sempre renovada. A grande montanha espreita na linha do horizonte. Os rios e ribeiros, de águas frias e transparentes, rolam mais pedra que areia. O ar que se respira é puro e cheira a pinheiro. A gente, boa por natureza, sabe receber quem vem de fora. O acidentado do terreno, o minifúndio e o exuberante revestimento vegetal, com verde de todos os matizes, contribuem para o quase anonimato da vinha na paisagem. E, no entanto, as videiras estão lá, em número superior a 75 milhões de cepas. As lagaretas escavadas no granito e muitos vestígios da presença romana testemunham a tradição milenar da produção de vinho na região. A forte implantação de ordens religiosas permite atribuir aos monges agricultores da Idade Média a origem do saber popular com que, ainda hoje, se cultiva a vinha e fabrica o vinho no Dão. As referências à vinha e ao vinho nos forais de quase todos os concelhos, nas posturas municipais, particularmente no concelho de Penalva do Castelo, atestam a sua grande importância social, económica e religiosa ao longo da história. É este o retrato da primeira região demarcada de vinhos de pasto a ser regulamentada em Portugal, no ano de 1910.

50 anos de História

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